Curiosidades para ficar bem em Cuba

Cuba
Algumas dicas importantes para quem pretende conhecer a ilha de Fidel:
Visto – antes de ir é preciso tirar o visto, que não é um visto comum, carimbado ou selado no seu passaporte, mas uma espécie de voucher, chamado de Tarjeta Turística e custa atualmente R$ 45. Em geral, as operadoras de turismo que trabalham com o destino, fazem isso para você. Basta enviar uma cópia do passaporte e preencher um formulário. A Tarjeta Turística tem validade de 30 dias, que pode ser prorrogada por mais 30 no próprio hotel onde você se hospedar ou nas autoridades nacionais de imigração. Vale observar que a tarjeta é válida para uma só entrada no território. Se sair, mesmo que voltar antes dos 30 dias, terá que tirar outra. Mais detalhes podem ser encontrados na sessão de Serviços Consulares do site da Embaixada de Cuba no Brasil. Também tem uma matéria bem detalhada sobre isso no site Melhores Destinos.
Dinheiro – Você pode trocar dólares ou euros por CUCs (a moeda cubana para turistas) em casas de câmbio no aeroporto ou no hotel. Em geral, 1 CUC vale cerca de 1 dólar. Mas trocar Euro vale mais porque as taxas sobre o dólar são mais altas. Antes de ir, eu li em alguns lugares que o presidente Raúl Castro estaria em vias de implantação da unificação da moeda. Lá, ninguém ainda ouviu falar sobre isso. Então, funciona assim: tem o CUP, que é o Peso Cubano, moeda utilizada pelos cidadãos cubanos, e o CUC, peso conversível, moeda utilizada pelos turistas. Com um CUC você compra cerca de 23 CUPs. Mas você não vai precisar fazer isso, porque é turista e não vai usar a moeda dos cubanos. Então, esqueça CUP, pense em CUC (mais ou menos 1 dólar) e relaxe, porque a vida lá é razoavelmente barata.
Nota de 3 CUPs, utilizada pelos cubanos, mas cobiçada pelos turistas pela face do Che

Nota de 3 CUPs, utilizada pelos cubanos, mas cobiçada pelos turistas pela face do Che

Nota de 20 CUCs, a moeda dos estrangeiros em Cuba

Nota de 20 CUCs, a moeda dos estrangeiros em Cuba

Cartão de crédito – raríssimos são os lugares que aceitam. O melhor é garantir com dinheiro na mão mesmo. Mas, se for levar, certifique-se que não é emitido por um banco estadunidense. Se for, não será aceito nem onde se aceita cartões.
Custo – Com 50 dólares por dia, você se alimenta, anda de táxi e faz os passeios. Com 100 dólares por dia, você ainda traz na bagagem metade de Cuba em lembrancinhas e livros que você só vai encontrar lá. (Aliás, eu li também em algum lugar que o peso máximo de bagagem permitido pelo país era 20 quilos por pessoa. Eu acreditei. Na hora de voltar, perguntei na companhia aérea qual era o limite e fui informada que são 32 quilos. Quanta coisa eu deixei para trás! Enfim, quando for, não custa se precaver e confirmar novamente a informação.) Para se hospedar em um hotel categoria turística (3 estrelas), você vai gastar cerca de R$ 100 por noite, com café da manhã, podendo encontrar boas ofertas, dependendo da temporada. Em um 5 estrelas histórico, como o Hotel Nacional, a brincadeira já fica um pouco mais cara, podendo ultrapassar R$ 300 por noite. Cuba tem lembrancinhas muito originais e também uma boa oferta de livros, tanto em livrarias, quanto em sebos a céu aberto. Nas livrarias, como o foco de venda são os nativos, os valores são, em geral, em CUPs. Mas isso só melhora a vida do turista, porque quando chega no caixa é feita a conversão e um livro sai por menos de R$ 2. O preço das lembranças, camisetas, bolsas com a cara do Che Guevara, etc. não varia muito pela cidade. Você encontra no centro da cidade mais ou menos o mesmo preço que no hotel ou no aeroporto. É uma das vantagens de tudo ter o mesmo dono, o Estado.
Taxa de saída – Na saída do país, depois de fazer o seu check-in na companhia aérea, será necessário pagar uma taxa aeroportuária, que não é cobrada juntamente com o valor da passagem e só pode ser paga neste momento e em efetivo. Atualmente, a taxa é de 25 CUCs. Portanto, lembre de deixar esta reserva. Na verdade, a saída obedece a uma sequência de filas, que todos fazem igual: check-in, pagamento da taxa de saída e troca dos CUCs que sobraram por euros ou dólares. Os balcões ficam lado a lado e é só seguir o fluxo.
Gorjeta – antes de ir para lá eu não tinha lido nada a respeito do assunto. Então, meio que fomos experimentando. Experimentamos deixar 1 CUC nos restaurantes, independente da conta final. Deu certo. Experimentamos dar algumas moedas, tipo 40 ou 50 centavos de CUC para a tiazinha que toma conta do banheiro. Deu certo. Experimentamos não dar gorjeta para o taxista, só pagar o cobrado. Deu certo. Enfim, concluímos que 1 CUC para quem você for com a cara está de bom tamanho. Em nenhum momento fomos cobrados a deixar gorjeta ou hostilizados por não fazê-lo ou deixar pouco.
Papel higiênico – Está aí um item que eu não costumo listar nas dicas de viagem. Mas, no caso, é importante. Papel higiênico é um dos artigos controlados em Cuba. Por conta do embargo econômico sofrido pelo país, a entrada de alguns itens fica difícil. Então, claro que no hotel você encontra o artigo no seu banheiro. Mas, nos banheiros públicos, de museus, restaurantes, casas noturnas, aí pode não haver. Ou, no máximo, tem aquela tiazinha que toma conta do pedaço em troca de algumas moedas. Ela toma conta não só do banheiro, como do pedaço do papel higiênico também. Você dá uma moeda e ela lhe dá um tanto de papel. Sempre o mesmo tanto, não adianta melhorar a moeda. Então, para evitar imprevistos, a dica é andar sempre com lenços de papel ou mesmo um rolo de papel higiênico na bolsa.
Comunicação – telefonar para o Brasil de telefones fixos sai caro e nem sempre se consegue completar a ligação. O primeiro minuto pode valer mais de 5 CUCs e depois 0,05 centavos a cada minuto. Alguns telefones celulares do exterior podem obter sinal por lá, desde que seja contrato pós pago e a operadora de origem tenha convênio de roaming com a Cubacel. Para mais detalhes, pode entrar no site da operadora cubana, que é o www.cubacel.cu. Internet é cara e rara: cerca de 10 CUCs por uma hora nos hotéis e você só consegue sinal wi-fi em alguma área restrita, como o lobby, ou nem isso: tem que usar o computador com cabo ADSL do hotel, que não vai disponibilizar muitas máquinas e as que tiver serão lentas. E alguns programas, como o Skype, me parece serem bloqueados, porque não consegui entrar nem pelos computadores de hotel, nem do meu próprio, quando usei wi-fi. Ou seja, a comunicação com o exterior, em geral, é difícil. Dá até para entender que talvez a ideia seja não deixar os nativos se contaminarem pela propaganda externa, pelo vírus do capitalismo e do consumismo… mas, nós, turistas, já estamos perdidos, nem adianta… enfim, de certa forma é até bom, porque isso faz com que lá férias ganhem ares de férias de verdade.

10 Respostas to “Curiosidades para ficar bem em Cuba”


  1. 1 Igor leite 8 de maio de 2016 às 14:26

    Parabéns pela explicação! Super válida!

  2. 3 Ariana Gomes 20 de maio de 2015 às 12:30

    Olá! Tudo bem? Muito conteúdo… Você foi esse ano.. como organizou o transporte? Qual companhia? Obrigadaaaa

  3. 5 ERYONE LEMOS 9 de setembro de 2014 às 22:03

    MUITA LEGAL AS SUAS DICA- DIRETAS E OBJETIVAS- VALEU

  4. 6 Lucia Agapito 7 de dezembro de 2013 às 17:21

    Dica valiosíssima: iria ficar doida com esses CUPs e CUCs, aff.
    Mas não gostei mesmo da história da internet, ou melhor, a falta dela: mesmo sendo bom pras férias, fico desesperado sem notícias do mundo capitalista kkkk. Muito bom seu relato, mesmo com a inclusão necessária do papel higiênico 🙂 🙂 🙂


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