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Confraria Colonial Hotel Boutique – um oásis pertinho de São Paulo

Da seleção de músicas nos ambientes à escolha dos produtos de higiene pessoal oferecidos no banheiro do quarto, tudo nos encantou. Uma semana das férias de outubro de 2021 foi passada no Confraria Colonial Hotel Boutique. Como eu já falei no post Consulte sempre um profissional, opiniões sobre hospedagens são sempre muito subjetivas e esse texto aqui não se propõe a ser diferente. Então, considere isso ao ler o texto e entenda que se trata de opinião pessoal, descrição de um momento que foi muito bom para mim e que deve servir apenas como referência.

De cara, o local nos agradou porque recebeu muito bem a dupla canina Lisa e Luke. Durante a estadia, foi possível perceber que a maior procura pelo hotel é aos finais de semana. Houve dias com eventos corporativos (que acontecem em ambientes separados e praticamente não víamos as pessoas envolvidas) e outros dias ficamos só nós no hotel. Dois humanos e dois cães com todo o mimo possível da equipe super bacana e atenciosa.

Ficamos na suíte Visconde, que tem um bom tamanho para família de quatro membros nos moldes da nossa. Próxima aos restaurantes e equipamentos de lazer, como sala de jogos, piscinas, sauna, foi uma localização estratégica, mesmo nos momentos de chuva. Cama confortável, poltrona, banheiro de bom tamanho (mas não tem banheira, que está disponível em outros tipos de quarto).

Como avisamos antes que passaríamos o aniversário de casamento lá, ainda fomos surpreendidos na chegada com um mimo especial em alusão à data.

As edificações do hotel são todas em estilo colonial – como o nome já indica – e ficam cercadas pela mata atlântica. São vários chalés com suítes de diversos tamanhos (alguns mais isolados), além de construções onde ficam os restaurantes, salão de jogos, sala de cinema, sauna, piscina aquecida, sala com aparelhos para atividades físicas, sala de massagem (que deve ser contratada em separado na recepção). Por termos ido em tempos de pandemia (COVID-19, para futuras referências), havia agendamento para uso da sauna e outros equipamentos. Todas as orientações para tal são passadas pelo pessoal da recepção na chegada. Meu espaço preferido foi a piscina aquecida interligada com a sauna.

Do outro lado do vidro, a piscina continua, dentro da sauna

Outra piscina maravilhosa e também aquecida, fica perto dessa e é mais funda e larga, permitindo dar umas braçadas…

Também tem uma piscina aberta, com bar molhado, que usamos pouco porque o clima não estava muito favorável, e uma Jacuzzi ao ar livre, que só fomos uma vez pelo mesmo motivo. Tem ainda um lago, onde se pode praticar pesca esportiva. Para atividades ao ar livre fora da água tem quadras de tênis e trilhas. As trilhas não são radicais, mas, para uma família de apartamento como a nossa, foram grandes aventuras! Frequentamos todos os dias e Lisa e Luke adoraram a vida “selvagem”.

Para refeições, ou apenas para descansar um pouco e curtir a paisagem, tem um deque fantástico entre as árvores, com iluminação noturna e uma linda decoração.

Por falar em refeições… estão incluídas na diária três refeições, café da manhã, almoço e jantar. O destaque do café da manhã fica para o pão de queijo, delicioso. É um café bem completo, com opções de pães, omeletes, frutas, sucos, iogurtes, bebidas quentes e frias. No almoço, se escolhe os pratos e eles vêm servidos em panelinhas de barro. Cara de comida de fazenda. No jantar, pratos de cozinha internacional, em serviço à la carte. Sempre tem opções de sobremesa, incluindo frutas. O cardápio é assinado pelo chefe Paulo Gomes, que não decepcionou em nenhuma refeição.

A única observação negativa no quesito alimentação é por conta de não ter nenhuma bebida incluída no almoço ou jantar. Nem mesmo água ou bebidas não alcoólicas. Pelo valor da diária, considero mesquinho não incluir. Mas, a regra é informada antes, não foi uma surpresa. Com o estilo colonial, caberia até ter um filtro de barro nos quartos, para oferecer água filtrada, ao menos.

Enfim, foram tantos os cuidados de todos da equipe com a gente, foi tão boa a recepção ao Luke e à Lisa, passamos dias tão agradáveis, que não consigo pensar em algo que me fizesse não querer voltar. Mas, como gostam de dizer os que negam a aplicação de métodos e análise de dados “essa é a minha opinião”. Nada mais. Se fosse para fazer uma análise profissional, eu usaria parâmetros que talvez indicassem um resultado menos favorável. Mas, o único critério que estou usando aqui é o quanto eu me senti bem naquele momento, o que tem bastante a ver com a minha conjuntura e não só com o local.

Como chegar:

O Confraria Colonial fica em Mairinque, no estado de São Paulo, a cerca de uma hora e meia da capital (dependendo de onde e a que horas se sai da capital, claro), pela Rodovia Castelo Branco. Dá para seguir pelo GPS até entrar na estrada de terra. Tem que sair da Rodovia Castelo Brando no Viaduto Edward C. Leme, em Mairinque, (saída de BR-374/SP-280), então, siga as placas para o bairro Dona Catarina e acompanhe as indicações do GPS. Quando começarem as placas do próprio hotel, siga por elas. Isso porque o GPS não indica o melhor caminho na estrada de terra. E, mesmo o caminho indicado pelas placas não é tão bom assim… evite ir com chuva ou à noite, pois não tem iluminação na estrada. O trecho ruim é curto, cerca de 12 minutos. A parte de terra mesmo é só um quilômetro, mas, por outros 3 quilômetros tem tanto buraco no asfalto que nem parece que tem asfalto. Mas, acredite, vale muito passar por esse breve perrengue.

O simpático dispensador de saquinhos plásticos

Consulte sempre um profissional

Há alguns anos, a Ordem dos Advogados do Brasil tinha uma campanha cujo slogan era “Consulte sempre um advogado”. Em tempos de redes sociais que permitem que todo mundo se sinta habilitado a palpitar sobre tudo, eu ampliaria a frase para “consulte sempre um profissional”. Qualquer profissional. Para tudo que precisar, sempre é melhor um profissional.

Recentemente tirei férias e para escolher o destino e hotel procurei referências na internet. Na minha ilusão, eu encontraria informações em sites que estariam substituindo os antigos guias de viagem em papel. Mas isso é praticamente impossível. Os poucos sites de viagem que existem apresentam textos claramente elaborados por assessorias de comunicação dos hotéis e não por jornalistas que foram aos locais e avaliaram os estabelecimentos com olhar técnico, observando os itens a partir de um check-list que garanta comparação justa entre os diversos estabelecimentos do mesmo tipo.

O que mais se tem utilizado, aparentemente, são os sites de agendamento de viagens, onde há descrição oferecida pelo hotel e avaliações de hóspedes. Mas, o problema da avaliação do hóspede é que ela não é técnica e mistura emoções pessoais. Dependendo do momento da sua vida, o mesmo lugar pode ser maravilhoso ou um desastre completo.

O hotel que acabamos escolhendo para passar nossa semana de férias recebeu notas mínimas e máximas de hóspedes que tinham ficado no mesmo período no estabelecimento. Isso tem a ver tanto com o momento individual de cada hóspede quanto com as expectativas e experiências anteriores de cada um. Quando não se tem um olhar técnico, a avaliação fica totalmente subjetiva. No mesmo período de hospedagem diferentes pessoas fizeram comentários indicando que o hotel era de péssimo a maravilhoso.

Sem contar o tanto de observações absolutamente vazias como “comida ok”, “café da manhã fraco”, “falta processo, falta método”, “os souplats são feios e de baixa qualidade”… Mas, gente! Como escolher um hotel com base nisso? Tem um comentário que mostra bem como tudo é questão de referência: “comida que eu mesma faço em casa”. No meu caso, qualquer porcaria seria melhor, eu não sei cozinhar… Ou seja, aquilo que antes era dado como opinião para os amigos na mesa do bar extrapolou para uma informação de massa.

Sou velha – já há quase uma década nos enta -, sou do tempo que ouvinte ouvia, senão seria chamado falante, e do tempo que se escolhia pra onde viajar com base em avaliação profissional e não na experiência dos outros. Outros que você nem conhece… não é a mesma coisa que um amigo indicar um lugar pra ir, porque é uma pessoa que você conhece, sabe os parâmetros de exigência e tal… é um ser aleatório, que pode ter inúmeras razões pessoais para detonar ou super avaliar bem um estabelecimento.

Mas, como isso não se encontra mais – pelo menos não com a facilidade de antes – deixo aqui a minha experiência pessoal: super recomendo o Confraria Colonial Hotel Boutique. Passamos uma semana maravilhosa lá, com um atendimento de primeira, diversão para os cachorros e paz absoluta. Pode ser influência do bom momento pessoal? Pode. De toda forma, vou ousar escrever um pouco sobre como foi nossa estadia no hotel, pra ajudar quem procura opinião a respeito… Vejam aqui.

Números deste blog em 2015

Mais uma vez o WordPress providenciou o relatório de atividades do Quem Aguenta? e agora podemos acompanhar aqui os dados de 2015.

Foram cerca de 18 mil visitas, de mais de 100 países. As redes sociais Facebook e Twitter foram os sites que mais mencionaram o blog no ano passado.

estatísticas

O post com mais visualizações foi Curiosidades para ficar bem em Cuba e o mais comentado foi Dois países, quatro hotéis. Ambos de viagens de férias. O relatório trouxe ótimas lembranças!

Veja aqui o relatório completo.

 

As empresas deveriam dar mais valor à última flor do Lácio

evento Electrolux FB
Recentemente, organizei um evento no Facebook com o objetivo de chamar atenção para uma situação que eu vivia ao precisar do atendimento de uma assistência técnica da Electrolux (quem participou do evento, inclusive, pode pular a parte inicial do texto porque já conhece a saga e ir para o 10o parágrafo: –>). Por mais de um mês eu discuti com a assistência técnica BRM e com a fabricante da máquina de lavar roupas se o aparelho poderia ou não ser instalado na minha casa.
O evento foi um sucesso, a máquina foi instalada, as roupas estão limpas, mas uma questão não sai da minha cabeça: tudo não passou de um problema com a língua portuguesa. Eu sempre afirmo e reafirmo que é preciso prestar atenção ao amplo vocabulário que temos em nosso idioma. Há dicionários que trazem mais de 400 mil verbetes. Nossa língua consegue ser lindamente precisa: cada palavra tem seu sentido e é necessário prestar atenção às semelhanças para não cometer erros.
O caso da instalação da máquina foi exatamente esse. Ao ligar na assistência técnica para solicitar a instalação, a atendente perguntou se eu tinha lido o manual e se o local estava adequado. A resposta foi sim para as duas perguntas (sim, eu leio manuais de eletrodomésticos). O técnico veio e entendeu que o local não estava adequado.

No manual está escrito: “Obs.: Recomenda-se um espaço livre de 200 mm em cada lateral a fim de facilitar o aperto dos parafusos de fixação.” Percebam que é uma observação, assim, quase que de passagem, depois das especificações dos requisitos. Mas eu li e sim estava adequado.

Ocorre que o técnico também leu e entendeu: É necessário 200 mm de parede livre em cada lateral. Ele disse que sem 200 mm de parede de cada lado não era possível instalar.

Oras, onde está escrito que é “necessário”? Oras de novo, onde está escrito que é de “parede” livre? Na minha casa, de um dos lados, a parede termina antes dos 200 mm, mas o espaço fica livre, porque tem um corredor! Então, há espaço livre em tamanho ainda maior que o solicitado pelo manual.

Observem que está escrito no manual que tal recomendação é para “facilitar” o trabalho do instalador. Não é para viabilizar. Para quem percebe o significado de cada palavra, são coisas bem diferentes.

A Electrolux, depois de muita explicação, de eu mandar fotos, de ter conversado por horas (literalmente) com o pessoal do SAC, concordou comigo e o departamento de engenharia indicou que fosse feita a instalação. Como a máquina foi instalada e vem funcionando perfeitamente, só posso acreditar que o manual estava certo.

Mas vejam que absurdo: o técnico leu a mesma coisa que eu e teve uma compreensão completamente diferente. Entendeu que recomendação era exigência, entendeu que espaço livre era parede livre, entendeu que facilitar o trabalho do instalador era viabilizar o trabalho do instalador.

–> Quanto dinheiro a Electrolux gastou nessa operação? Horas de funcionários ao telefone comigo, dezenas de trocas de e-mails, engenheiros fazendo análise de fotos e medidas que eu enviei, gente debruçada sobre o manual para entender onde estava a divergência. Isso é só a ponta do iceberg. Ponta de um imenso iceberg de ignorância que flutua em torno das empresas causando prejuízos sem que elas se dêem conta.

No mundo empresarial é comum vermos e-mails com erros dos mais grotescos sendo cometidos: está e estar é uma diferenciação que não existe para muitas pessoas, assim como entendi e entende e compraram e comprarão ou ainda mas e mais.

AOD
Que erros de compreensão do conteúdo essas pequenas trocas de letrinhas não podem causar? Sem falar no bem tão precioso para as empresas: tempo. Já precisei ler o mesmo e-mail mais de três vezes para entender o sentido, tamanha era a confusão entre as palavras.
Muitos dos que percebem culpam a educação básica. Concordo, não saber diferenciar está de estar é problema lá do início da alfabetização. Mas, e se, além de cobrar de forma séria e consistente do poder público, as pessoas fizessem algo para mudar essa triste realidade? Porque, afinal, mesmo que a educação básica venha a ser mais eficiente daqui pra frente, aquele seu colega, que já passou até por uma faculdade, vai continuar não sabendo a diferença entre onde e aonde.
Acredito que aqueles que tiveram acesso a uma educação melhor do que a média têm obrigação social de melhorar esse quadro hoje e, sim, cobrar que no futuro todos cheguem no ambiente corporativo sem confundir mas com mais. Um profissional que estudou em escola particular, frequentou uma boa universidade e recebe e-mails com erros de seus próprios colegas de trabalho tem a obrigação moral de fazer alguma coisa para mudar isso. Pode, por exemplo, oferecer um curso gratuito de português dentro da empresa. Uma hora por semana, dicas básicas. Posso garantir que não mata ninguém. Já fiz algo semelhante (no meu caso era um curso de inglês, porque foi a demanda dos colegas na época) e só saí ganhando.
Mas mais
Não tem condições de fazer seja por que motivo for? Dissemine a informação. Na internet já existem diversas imagens, além de sites sérios com artigos curtos e interessantes que podem ser compartilhados por você. Eu li por exemplo esse aqui: Os 50 erros ortográficos mais comuns no mundo do trabalho. Achei bem legal e me inspirou a escrever esse texto. Existem muitos outros. Claro que antes de compartilhar avalie a qualidade!
Incentive a leitura. Ler é uma das melhores formas de gravar na memória a grafia das palavras. Distribua livros como brindes em festas da empresa, incentive a criação de uma biblioteca no ambiente corporativo, dê dicas de livros interessantes, relacionados ou não ao trabalho.
Pequenas atitudes podem contribuir para melhorar a comunicação na empresa, utilizar melhor o tempo no ambiente de trabalho e melhorar a auto estima dos funcionários, que se sentirão valorizados ao terem mais conhecimento de uma ferramenta tão importante, mas tão maltratada como a língua portuguesa.
Gente que não entende o valor da língua portuguesa, eu não aguento!
 

Você conhece Ayaan Hirsi Ali?

Eu gosto de lembrar às pessoas que o noticiário que chega até elas não é nem de longe um retrato da realidade. Já escrevi sobre isso aqui e vou continuar reforçando sempre que possível. Causa incômodo as pessoas acharem que sabem o que se passa no mundo porque lêem jornal todo dia, uma revista semanal e assistem telejornal todas as noites ou ouvem rádio ao longo do dia.

2015-06-23 09.33.30Recentemente, a amiga Patricia Pires me emprestou o livro Infiel, da Companhia das Letras. Então, eu descobri a existência Ayaan Hirsi Ali. Uma mulher que nasceu na Somália, viveu na Etiópia, na Arábia Saudita, no Quênia e na Holanda, onde recebeu a cidadania e foi eleita parlamentar. Na adolescência, ela tinha sido muito religiosa, mas sempre questionou algumas interpretações do Alcorão (o livro sagrado de sua religião mulçumana), que levavam as mulheres à submissão, mutilação sexual e espancamentos brutais. Seus questionamentos fizeram com que ela se afastasse da religião como estava posta em sua cultura. O que ela nunca deixou foram seus valores de defesa das mulheres e pela reforma do islã.

Como deputada na Holanda passou a lutar para que as violações dos direitos humanos não fossem permitidas e acabou por ser condenada à morte pelo fundamentalismo islâmico. O cineasta Theo Van Gogh, que fez o filme Submissão em parceria com ela, foi assassinado de forma brutal. Ela viveu anos sob a tutela do departamento de segurança holandês, com uma parafernália de segurança e guarda-costas similar à da família real, e acabou por deixar o país. O primeiro-ministro Jan Peter Balkenende foi destituído do cargo e foram convocadas novas eleições devido às questões políticas envolvendo Ayaan. E pensar que a gente aqui do outro lado do oceano Atlântico não costuma nem saber o nome do primeiro ministro da Holanda…

Ayaan ensina que é possível adaptar a fé e examiná-la criticamente. Ayaan também ensina que nosso noticiário não nos conta o que se passa no mundo; tem um viés, uma escolha, um filtro. Os parlamentares estadunidenses tossem e aqui no Brasil isso vira notícia. Ayaan passou por tudo isso que narrei e muito mais e eu nem sabia que ela existia. A sugestão que fica é: leiam o livro.

Ver o mundo pelo filtro da midiona, eu não aguento!

Curiosidades para ficar bem em Cuba 2

Da primeira vez que visitamos Cuba, em 2013, escrevi o post Curiosidades para ficar bem em Cuba, com algumas dicas para não ser pego de calças curtas levando pouco dinheiro e só seu cartão American Express, por exemplo, que não vai servir pra nada lá. Um ano e pouco depois, atualizo as dicas, com reforço especial na “taxa de saída”, porque assisti à cena de duas moças pagando um mico federal e não quero leitor meu passando por isso.
Vamos começar por aí, então:
Taxa de saída – na saída do país, depois de fazer o seu check-in na companhia aérea, é necessário pagar uma taxa aeroportuária, que não é cobrada juntamente com o valor da passagem e só pode ser paga neste momento e em efetivo. Sabe do que se trata? Taxa de embarque. Simples assim. Você paga em absolutamente todo voo que faz no mundo. A única diferença é que em Cuba ela não é paga junto com a passagem. Em geral, em qualquer voo esse não é um valor parcelável, por exemplo. Quando você compra a passagem para pagar em várias parcelas, a primeira tem um valor maior, porque inclui as taxas de embarque, que são destinadas ao aeroporto. No caso de Cuba, não é parcelável, nem pagável de outra forma que não seja em efetivo na hora do embarque. Então, deixando claro: não se paga para sair de Cuba. O que se paga é a taxa de embarque, como em qualquer voo. Na fila para pagar a taxa assistimos duas turistas europeias raivosas bradando que nunca tiveram que pagar para sair de país nenhum, como se ali elas estivessem presas feito reféns. Na verdade, sempre pagaram, pagaram taxa de embarque quando saíram de avião. Exatamente como em Cuba. Tá bom que o governo cubano não ajuda – talvez até se divirta com a situação – e não deixa claro que a taxa aeroportuária é a famosa taxa de embarque, como o valor é conhecido em boa parte do mundo…
Atualmente, a taxa é de 25 CUCs. Portanto, lembre de deixar esta reserva. Na verdade, a saída obedece a uma sequência de filas, que todos fazem igual: check-in, pagamento da taxa de saída e troca dos CUCs que sobraram por euros ou dólares. Os balcões ficam lado a lado e é só seguir o fluxo.
Visto – permanece a mesma política. Antes de ir é preciso tirar o visto, que não é um visto comum, carimbado ou selado no seu passaporte, mas uma espécie de voucher, chamado de Tarjeta Turística e custa atualmente R$ 45. Em geral, as operadoras de turismo que trabalham com o destino, fazem isso para você. Basta enviar uma cópia do passaporte e preencher um formulário. A Tarjeta Turística tem validade de 30 dias, que pode ser prorrogada por mais 30 no próprio hotel onde você se hospedar ou nas autoridades nacionais de imigração. Vale observar que a tarjeta é válida para uma só entrada no território. Se sair, mesmo que voltar antes dos 30 dias, terá que tirar outra. Mais detalhes podem ser encontrados na sessão de Serviços Consulares do site da Embaixada de Cuba no Brasil.
Vale observar que, apesar do visto ser uma tarjeta em separado, você vai precisar do passaporte, com validade mínima de seis meses para entrar no país.
Dinheiro – você pode trocar dólares ou euros por CUCs (a moeda cubana para turistas) em casas de câmbio no aeroporto ou no hotel. Em geral, 1 CUC vale cerca de 1 dólar. Mas trocar euro vale mais porque as taxas sobre o dólar são mais altas. Tem o CUP, que é o Peso Cubano, moeda utilizada pelos cidadãos cubanos, e o CUC, peso conversível, moeda utilizada pelos turistas. Com um CUC você compra cerca de 23 CUPs. No entanto, você não vai precisar fazer isso, porque é turista e não vai usar a moeda dos cubanos. Então, esqueça CUP, pense em CUC (mais ou menos 1 dólar) e relaxe, porque a vida lá é razoavelmente barata. Agora é possível encontrar caixas eletrônicos que permitem saque em CUP ou em CUC. Como você vai sacar com um cartão de crédito estrangeiro, não precisa se preocupar de novo, o governo cubano facilita sua vida e, automaticamente, você vai sacar em CUCs.
Custo – com o equivalente a 50 dólares por dia, você se alimenta, anda de táxi e faz os passeios. Com 100 dólares por dia, você ainda traz na bagagem metade de Cuba. Para se hospedar em um hotel categoria turística (3 estrelas), você vai gastar cerca de US$ 40 por noite, com café da manhã, podendo encontrar boas ofertas, dependendo da temporada. Em um 5 estrelas histórico, como o Hotel Nacional, a brincadeira já fica um pouco mais cara, podendo ultrapassar US$ 100 por noite. Cuba tem lembrancinhas muito originais e também uma boa oferta de livros, tanto em livrarias, quanto em sebos a céu aberto. Nesses lugares, é possível encontrar raridades, como relógios feitos na URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) ou jóias do início do século passado, a preços bastante acessíveis. O preço das lembranças para turistas, como camisetas com a bandeira de Cuba, bolsas com a cara do Che Guevara, etc. não varia muito. Você encontra no centro da cidade mais ou menos o mesmo preço que no hotel ou no aeroporto. É uma das vantagens de tudo ter o mesmo dono, o Estado.
Cartão de crédito – raríssimos ainda são os lugares que aceitam. O melhor é se garantir com dinheiro na mão mesmo. Mas, se for levar, certifique-se que não é emitido por um banco estadunidense. Se for, não será aceito nem onde se aceita cartões. Também não são aceitos cheques de viagem.
Clima – o clima em Cuba é tropical e úmido, com a temperatura variando de 18 a 31 graus. Já a água do mar tem temperatura de 25 a 30 graus. A época de menos chuvas vai de novembro a abril. De julho a outubro, tem a temporada de furacões. Nesse período, você pode até encontrar boas ofertas para ir e se hospedar, mas tem que contar com a possibilidade de perder alguns dias fechado no hotel, para se proteger.
Eletricidade – A corrente em Cuba é 110 V. Mas em alguns hotéis você encontra tomadas 220 V. A tomada padrão é para plugues de dois pinos achatados. Convém levar um adaptador.
Gorjeta – na segunda viagem também entendemos melhor os valores para se deixar de gorjeta. E entendemos que o critério é muito pessoal, de acordo com o quanto o serviço agradou e com a sua realidade financeira. Deixar 10% do valor da conta em bares e restaurantes é visto como justo. Mas se você deixar 1 CUC, independente da conta final, está ok. Para a tiazinha que toma conta do banheiro, 5 ou 10 centavos está bom. Experimentamos não dar gorjeta para o taxista, só pagar o cobrado. Deu certo. Mas também você pode usar o critério dos 10%. A não ser em corridas com valor combinado previamente, quando não é necessário mesmo dar gorjeta. Em geral, 1 CUC para quem você for com a cara está de bom tamanho. Vale observar que em nenhum momento fomos cobrados a deixar gorjeta ou hostilizados por não fazê-lo ou deixar pouco. Nos hotéis, por exemplo, saíamos para curtir a piscina ou alguma área ao ar livre e vinham os músicos ou o atendente do bar nos servia uma bebida. Pela prática de assinar a fatura do consumo ou nem assinar no caso de hotel all inclusive, acabávamos saindo sem dinheiro e não dávamos gorjeta. Absolutamente compreendido. Por outro lado, vimos turistas deixando gorjetas de 10 dólares por pequenos atendimentos.
129 tour pela medicina cubanaSaúde – é preciso estar com a vacina de febre amarela em dia, tomada ao menos dez dias antes da entrada em Cuba. Também é preciso ter um seguro de saúde. Desde maio de 2010, tanto viajantes estrangeiros quanto cubanos residentes no exterior devem ter um seguro de viagem com cobertura para gastos médicos dentro de Cuba. No site da Embaixada de Cuba, você encontra mais informações. Afinal, você achou que ia residir num país capitalista, mas ser atendido pelo serviço público de saúde que é referência mundial em qualidade de graça? Não seria justo, não é mesmo? Residente fora de Cuba, paga pelo atendimento em saúde. Aconteceu conosco. Precisamos ser atendidos e no próprio hotel em que estávamos hospedados tinha um posto de saúde. Fizemos consulta, recebemos medicamentos, tudo na melhor forma. O único problema é que o número do seguro de saúde não nos atendeu no ato e precisamos pagar, para pedir o reembolso no retorno ao Brasil.
Papel higiênico – Está aí um item que eu não costumo listar nas dicas de viagem. Mas, no caso, é importante. Já falei no primeiro post e repito. Papel higiênico é um dos artigos controlados em Cuba. Por conta do embargo econômico sofrido pelo país, a entrada de alguns itens fica difícil. Então, claro que no hotel você encontra o artigo no seu banheiro. Mas, nos banheiros públicos, de museus, restaurantes, casas noturnas, aí pode não haver. Ou, no máximo, tem a tiazinha que toma conta do pedaço em troca de algumas moedas. Ela toma conta não só do banheiro, como do pedaço do papel higiênico também. Você dá uma moeda e ela lhe dá um tanto de papel. Sempre o mesmo tanto, não adianta melhorar a moeda. Então, para evitar imprevistos, a dica é andar sempre com lenços de papel ou mesmo um rolo de papel higiênico na bolsa.
Comunicação – telefonar para o Brasil de telefones fixos sai caro e nem sempre se consegue completar a ligação. O primeiro minuto pode valer mais de 5 CUCs e depois 0,05 centavos a cada minuto. Telefones celulares do exterior podem obter sinal por lá, desde que seja contrato pós pago e a operadora de origem tenha convênio de roaming com a Cubacel. Para mais detalhes, pode entrar no site da operadora cubana, que é o www.cubacel.cu. Internet é cara e rara: de 6 a 10 CUCs por uma hora nos hotéis e você só consegue sinal wi-fi em alguma área restrita, como o lobby, ou nem isso: tem que usar o computador com cabo ADSL do hotel, que não vai disponibilizar muitas máquinas e as que tiver serão lentas. Ou seja, a comunicação com o exterior, em geral, é difícil. Dá até para entender que talvez a ideia seja não deixar os nativos se contaminarem pela propaganda externa, pelo vírus do capitalismo e do consumismo… mas, nós, turistas, já estamos perdidos, nem adianta… enfim, de certa forma é até bom, porque isso faz com que lá férias ganhem ares de férias de verdade.

Os números de 2014

Os duendes de estatísticas do WordPress.com prepararam um relatório para o ano de 2014 do Quem aguenta? E, assim como eu já faço tradicionalmente no Mosanblog, estou divulgando o daqui também.

O resumo afirma:

A sala de concertos em Sydney, Opera House tem lugar para 2.700 pessoas. Este blog foi visto por cerca de 12.000 vezes em Se fosse um show na Opera House, levaria cerca de 4 shows lotados para que muitas pessoas pudessem vê-lo.

As pessoas vieram principalmente para ler Curiosidades para ficar bem em Cuba, Casa grande e senzala na sala da podóloga, Enfim, 40! – já são 42 agora -, Um ano e Depressão não é tristeza. Vale destacar a participação dos comentaristas. Assim como no Mosanblog, os leitores que comentam são responsáveis por manter o blog ativo, mesmo quando a autora aqui está meio afastada… E, também assim como no Mosanblog, a Lucia Agapito é minha grande parceira nesse quesito. A comentarista mais atuante nos dois!

Clique aqui para ver o relatório completo

A verdade tem muitos ângulos

Eu sou Malala

Se tem uma coisa que eu não aguento é gente que, em tempos de internet e possibilidades de vários caminhos para se obter informação, se conforta com as informações que chegam até elas e acham que sabem das coisas buscando o caminho mais fácil e sendo passivas no conhecimento que adquirem.

Faço tudo para não cair nessa preguiça, de me achar informada só porque liguei a TV e o canal que estava lá por hábito me disse isso ou aquilo. Já falei aqui que o conceito de notícia para quem a produz e para quem a recebe, em geral, é diferente. Quem recebe tem a expectativa de ter um resumo do que se dá no mundo, quem emite, em geral, fala do que é inédito, diferente, não do que é um resumo do mundo. Também já falei que o jornalismo que presta serviços, induz à cidadania e contribui para a conscientização das pessoas já não existe mais, infelizmente. 

Para não me deixar levar pelos interesses defendidos pela dita grande mídia (sim, os jornais, TVs e rádios defendem interesses, um projeto de sociedade, mas isso é assunto para outro texto…), eu procuro sempre a informação por novos ângulos, não me contento em ver apenas o que chega fácil para mim. A midiona ocidental tem uma voz hegemônica, mostra sempre o mundo pelo mesmo ponto de vista, mas, que outras formas de ver as coisas estarão ocultas nessa apresentação parcial?

Depois de ler o livro Eu sou Malala, por exemplo, passei a entender de forma bem distinta os ataques que têm havido no Paquistão e a convivência com o Talibã imposta àquele povo. Hoje, os jornais falam que o governo do Paquistão atua com o apoio dos Estados Unidos para libertar o país da opressão do grupo Talibã, que defende o fundamentalismo islâmico.

Ó, como são bons os americanos!, pensarão os mal informados. Mas quem não se conforma com a visão ocidental de tudo que acontece na região do Paquistão há décadas, quem não se contenta com noticiário de CNN, Folha, Globo… sabe que não é bem assim. Se os Estados Unidos atuassem por cem anos pela paz – e não fazem isso nem por um dia, na verdade –, ainda assim, não se redimiriam pela culpa histórica por tudo que está acontecendo hoje no Paquistão.

Nós nos acostumamos a ouvir a história Talibã-Paquistão por quem chegou lá depois do Talibã e com valores baseados na cultura ocidental cristã. Ouvir a história sob a ótica de uma nativa, criança ainda quando os Estados Unidos sofreram o ataque de 11 de setembro de 2001 e adolescente quando foi alvejada com uma bala no crânio por defender o direito de meninas a estudar em seu país, faz toda a diferença, mostra um novo Paquistão, o paraíso que aquilo já foi um dia, apresenta uma nova relação com o Talibã e uma outra participação dos Estados Unidos em toda a história.

Quer saber mais? Leia a história da menina Malala, porque ouvir a história por um só ângulo, em pleno século XXI, não dá para aguentar.

Quem tem doa, quem não tem leva

Quem tem doa, quem não tem leva

Eu não aguento gente que reclama, reclama, reclama – em geral dos outros – mas não olha para o próprio umbigo para perceber onde poderia mudar a si próprio para contribuir com um mundo melhor. Talvez por não aguentar isso, admiro tanto iniciativas simples que geram resultados positivos, sem precisar de muito alarde, mobilizações imensas, investimentos monumentais.

marca Núcleo de Bandeirantes Gadelha FilhoMoro há três anos numa quadra de Brasília que tem um núcleo de Bandeirantes, o Gadelha Filho. Ele é ligado à Federação de Bandeirantes do Brasil, representante no Brasil da Associação Mundial de Bandeirantes. A missão apresentada no site da federação é “ajudar crianças e jovens a desenvolverem seu potencial máximo como responsáveis cidadãos do mundo”. O Movimento Bandeirante tem mais de um século e tem uma proposta de co-educação, baseado em atividades comunitárias.

Pois bem, dia desses, eles penduraram uma placa com ganchos na cerca do núcleo com o dizer: “Quem tem doa, quem não tem leva”. A consequência é que quem não tinha passa a ter de forma simples e eficiente, sem burocracia, sem humilhação, sem constrangimento. As pessoas passam e deixam lá, em geral, roupas (não me ative a olhar o que tinha na sacola da foto…) para doação. As pessoas que têm falta daquilo, observam, analisam se lhes serve e levam. Simples para os dois lados.

A ideia está posta na Entrequadra Sul 102/103, Brasília. Quem quiser, pode replicar no muro da sua casa ou na fachada do seu comércio. Quem não tiver tal disponibilidade pode, simplesmente, passar por lá e deixar alguma coisa. Fazer a sua parte pode ser mais simples do que se imagina.

Gente sem disposição para fazer, só para cobrar, eu não aguento. Gente que faz, eu aguento, e contribuo com suas iniciativas!

Depressão não é tristeza

Sou absolutamente leiga em medicina e estava há tempos querendo tratar do assunto depressão, mas não tinha uma boa forma de apresentar o tema. Na verdade, eu queria mais era fazer um exercício para expor um pouco do conhecimento que tenho, na tentativa de elucidar algumas pessoas ainda mais leigas do que eu. Afinal, eu não aguento mais gente que entende depressão como uma tristeza qualquer. Recentemente, circulou no Facebook um vídeo muito interessante sobre o assunto e me animei a tratar do tema e apresentar o vídeo. Não gosto muito da ideia de um cachorro no papel de depressão, porque, para mim, cães sempre fazem parte da cura dela. Mas, no caso, o papel é bem desempenhado…

De acordo com matéria da revista Super Interessante de junho/2013 (edição 319), assinada por Carol Castro, atualmente 350 milhões de pessoas lutam contra a depressão no mundo. Assim, a possibilidade de você conhecer alguém que tenha esta doença, é muito grande. Por isso, é importante saber lidar com a questão.

É fundamental entender que depressão não é melancolia, não é tristeza, não é a apatia que se dá diante de um fato inesperado da vida. A apatia, a tristeza e a melancolia podem até aparecer como “sintomas” da depressão. A pessoa tende a não reagir, a ter dificuldade em ver as coisas boas da vida, a focar no negativo. Mas se ela tem depressão, necessariamente tem um desequilíbrio químico no cérebro.

Ou seja, é como hepatite, câncer, fibromialgia ou qualquer outra doença temporariamente incapacitante que você queira enumerar. Não dá para virar para uma pessoa com uma dessas doenças, que se encontra prostrada na cama e falar: “olha o relógio, é hora de trabalhar, vai lá!” Não depende da vontade da pessoa cumprir suas responsabilidades ou olhar o mundo da forma como você acha certo que ela olhe.

É fato que a indústria farmacêutica contribui muito para o alto índice de pessoas diagnosticadas com depressão. Já li vários relatos de pessoas que trataram depressão e depois descobriram que tinham outro mal. A mesma matéria da Super Interessante traz depoimentos neste sentido. Mas é fato também que a vida moderna gera, naturalmente, seres humanos estressados e ansiosos. E estes podem ser alguns dos fatores que desencadeiam o tal do desequilíbrio químico da depressão. Vale observar que não é qualquer desequilíbrio cerebral que significa depressão. Existem vários elementos no cérebro e é preciso que alguns deles sejam afetados para a pessoa ter a doença.

Ou seja: não é fácil diagnosticar, assim como não o é tratar. Pessoas que na mesa do bar ou numa conversa de elevador afirmam que o outro está com depressão e já indicam o remédio adequado deveriam ser presas. A sorte é que não é tão fácil conseguir os remédios para este mal e o paciente acaba tendo que consultar um psiquiatra ou neurologista. Fato é que também nem sempre estes acertam na dose e no tipo de medicamento. Do que eu já vi, é quase um jogo de acerto e erro do médico com a cabeça do paciente…

É importante ressaltar nisso tudo que quando você vê seu colega de trabalho que antes era tão falante ficando a cada dia mais triste ou quando um parente seu sofre uma decepção e fica apático, horas sentado à frente da televisão, esperando que se abra a porta da esperança… não necessariamente estas pessoas estão com depressão. Podem estar tristes diante de um tropeção da vida, vão viver o momento e vão se recuperar mesmo sem tratamento médico

A revista Vida em harmonia também trata do assunto na edição de fevereiro/março de 2012, em artigo do psiquiatra Marcelino Henrique de Melo. Ele alerta que “sentimentos como a tristeza, ciúme, remorso, vergonha, desesperança são legítimas manifestações humanas”. Na depressão existem sintomas como a alteração da capacidade de experimentar o prazer, lentidão psicomotora, problemas de sono, diminuição da auto-estima, ideias de culpa ou de indignidade. A gravidade da doença está, entre outros distúrbios causados no organismo, na geração de ideias suicidas. Uma simples tristeza ou prostração não leva a isso, mas a doença sim. Além disso, situações cotidianas estressantes “causam um sofrimento desproporcionalmente maior e mais prolongado nos deprimidos”, explica o psiquiatra.

O grande problema é que identificar a doença não é fácil nem mesmo para quem a tem: “O deprimido geralmente percebe que não está bem, mas nem sempre reconhece que se trata de uma doença e atribui o fato a situações de vida, muitas das vezes demorando a procurar ajuda”, destaca o artigo. No entanto, é preciso procurar ajuda, porque tristeza passa, mas depressão tem que ser tratada.

Insisto: tristeza e prostração são tristeza e prostração. Depressão é outra coisa. Gente que confunde isso, eu não aguento mais!


placa Cabo da Boa Esperança

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